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Eric Schmidt Alerta: O Uso Indevido de IA Representa um Risco Extremo

Foto do escritor: Vinicius GambetaVinicius Gambeta

Eric Schmidt, ex-CEO do Google, fez um alerta contundente sobre os perigos do uso indevido da inteligência artificial (IA), afirmando que isso pode causar danos catastróficos. Em uma entrevista ao programa Today da BBC Radio 4, ele expressou preocupações sobre como extremistas e estados fora da lei, como Coreia do Norte, Irã e Rússia, poderiam usar a IA para prejudicar pessoas inocentes.

Principais Conclusões

  • Schmidt destaca que a IA pode ser armada por grupos malignos.

  • Ele menciona a possibilidade de ataques biológicos utilizando IA.

  • O ex-CEO pede uma supervisão mais rigorosa das empresas de tecnologia.

  • A divisão global sobre a regulamentação da IA é evidente, com diferentes abordagens entre países.

Schmidt enfatizou que o ritmo acelerado do desenvolvimento da IA pode ser explorado para criar armas, incluindo ataques biológicos. Ele usou uma analogia perturbadora ao mencionar Osama bin Laden, expressando sua preocupação com a possibilidade de que indivíduos malignos possam usar a tecnologia moderna para causar danos.

"Os verdadeiros medos que eu tenho não são os que a maioria das pessoas discute sobre IA, eu falo sobre risco extremo", disse Schmidt.

A Necessidade de Supervisão Sem Impedir a Inovação

Schmidt pediu que os governos monitorassem de perto as empresas de tecnologia que estão na vanguarda da pesquisa em IA. Ele observou que, embora os líderes de tecnologia geralmente compreendam as implicações sociais da IA, suas decisões podem ser baseadas em valores diferentes dos dos funcionários públicos.

Ele também apoiou os controles de exportação introduzidos sob o governo do ex-presidente dos EUA, Joe Biden, que visam restringir a venda de microchips avançados, uma medida destinada a desacelerar o progresso de adversários geopolíticos na pesquisa em IA.

Divisões Globais em Torno da Prevenção do Uso Indevido da IA

As declarações de Schmidt ocorreram durante a Cúpula de Ação em IA, em Paris, onde 57 países se reuniram. Durante o evento, foi anunciada uma acordo sobre o desenvolvimento "inclusivo" da IA, com signatários como China, Índia, UE e União Africana. No entanto, o Reino Unido e os EUA se recusaram a assinar o comunicado, citando a falta de "clareza prática" e a ausência de questões críticas sobre segurança nacional.

Schmidt alertou contra a regulamentação excessiva que poderia sufocar o progresso nesse campo transformador. Essa preocupação foi ecoada pelo vice-presidente dos EUA, JD Vance, que advertiu que uma regulamentação excessiva "mataria uma indústria transformadora assim que ela estivesse decolando".

Segurança Nacional e Cooperação Internacional

Os comentários de Schmidt surgem em um contexto de crescente escrutínio sobre o potencial de uso duplo da IA, que pode ser utilizada tanto para fins benéficos quanto prejudiciais. Desde deepfakes até armas autônomas, a IA apresenta uma série de riscos se não forem implementadas medidas para prevenir seu uso indevido.

Líderes e especialistas, incluindo Schmidt, estão defendendo uma abordagem equilibrada que promova a inovação enquanto aborda esses perigos de frente. Embora a cooperação internacional continue a ser uma questão complexa e contenciosa, o consenso geral é claro: sem salvaguardas, a evolução da IA pode ter consequências não intencionais – e potencialmente catastróficas.

 
 
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