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Foto do escritorVinicius Gambeta

Facebook divulga relatório que investiga se a rede possui um viés “anti-conservadorismo”

O Facebook divulgou os resultados de uma investigação independente que buscou investigar se a empresa possuía um viés anti-conservadorismo em suas ações e se haveria algum tipo de censura dos conteúdos de pessoas conservadoras na rede. A investigação levou oito meses e como resultado teve um relatório de oito páginas divulgado.

Embora a auditoria tenha sido solicitada pelo próprio Facebook após repetidas declarações de censura contra páginas conservadoras (inclusive do presidente americano Donald Trump), toda a pesquisa foi conduzida de maneira independente pelo ex-senador republicano Jon Kyl e a equipe do escritório de advocacia americano Covington & Burling e; segundo o senador; o Facebook colaborou integralmente para que a equipe tivesse acesso a todas as informações que precisassem. Ao todo, cerca de 130 políticos e organizações conservadoras participaram da elaboração do relatório.

O relatório conclui que o combate do Facebook a Fake News silenciou algumas vozes conservadoras na plataforma. Não por má fé, mas pelo mero aprendizado da inteligência artificial definir o posicionamento das publicações na plataforma de maneira leviana. Pelo comportamento do público, o algoritmo tende a posicionar agências de checagem de fatos em uma posição mais à esquerda do espectro, enquanto reduzira o alcance de publicações ligadas a páginas de direita por essas receberem sinalização de notícias inverídicas.

Além disso, o relatório também apontou que a política aplicada nos anúncios do Facebook (de restringir anúncios de saúde que divulgam feitos médicos, por exemplo) teria desfavorecido e impedido a vinculação de campanhas antiaborto por páginas conservadoras. Junto ao relatório, o Facebook divulgou uma nova política para este tipo de anúncio que, desde que estes não exibam imagens fortes de angústia ou dor, poderão ser vinculados na plataforma.

Segundo o Facebook:

(…)Sabemos que precisamos levar as preocupações a sério e ajustar o rumo das nossas ações, se nossas políticas estiverem de fato limitando a expressão dos usuários, ainda que de maneira não intencional. O relatório destaca as mudanças que o Facebook já fez para mudar alguns destes cenários. Isso inclui tornar todas as nossas decisões mais transparentes (…);

Esta é a primeira etapa de um processo em andamento. Segundo o Facebook, o senador Kyl e sua equipe apresentarão um novo relatório dentro de alguns meses com novas informações.

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