O aplicativo de videoconferência que permite até 100 participantes, gratuitamente (por até 40 minutos), registrou um crescimento maciço em meio aos bloqueios do COVID-19 – passou de 10 milhões de usuários em dezembro para 200 milhões em março.
Mas com esse grande aumento, foram destacados vários problemas de segurança e privacidade, o que forçou o Zoom a reavaliar seus processos e adaptar para ser também uma plataforma voltada ao consumidor, já que foi projetado principalmente para uso corporativo.
Enquanto procura abordar preocupações com seus sistemas de coleta e compartilhamento de dados, anunciou esta semana a formação de seu novo conselho de oficiais de segurança da informação e a nomeação do ex-diretor de segurança do Facebook, Alex Stamos como consultor.
O portal Social Media Today trouxe uma pequena lista de falhas que estão sendo abordadas:
Removeu a opção de login com o Facebook de seu aplicativo iOS, devido a preocupações de que os usuários estavam compartilhando informações inconscientemente com o Facebook;
Foi removida uma integração com o Sales Navigator do LinkedIn, que compartilhou informações de perfil do LinkedIn com os participantes do Zoom com o aplicativo;
Ativou senhas e salas de espera para reuniões como padrão, a fim de impedir que pessoas não convidadas interrompam a transmissão (ou ‘Zoombombing’, como foi apelidado).
Mas, mesmo assim, alguns outros problemas permanecem em investigação, e é nesse ponto que o novo conselho fornecerá orientação. Somando esforços, Alex Stamos – atualmente professor adjunto da Universidade de Stanford – também fornecerá conhecimento do setor.
Eric Yuan, fundador da Zoom, compartilhou se sentir honrado que “alguns dos CISOs mais respeitados do mundo nos ofereceram seu tempo e serviços. Isso inclui CISOs do HSBC, NTT Data, Procore, e Ellie Mae, entre outros. O objetivo do Conselho CISO será se envolver conosco em um diálogo contínuo sobre questões de privacidade, segurança e tecnologia e melhores práticas – para compartilhar idéias e colaborar”.
Recentemente o Google proibiu sua equipe de usar o aplicativo, e governos da Austrália e de Taiwan também o proibiram para uso oficial, além de outras notícias relacionadas. A empresa espera que as novas medidas diminuam essa recente imagem negativa, resolvendo essas preocupações e capitalizar seu aumento repentino – ao mesmo tempo em que fornece um serviço útil e de videoconferência de qualidade para mais usuários.